Thiélly Crislaine Pinheiro Demutti

5 de dez. de 2010



E as pessoas insistem em tentar ser alguém que não são.
E outras a fazerem que não sentem o que sentem.

Concorda que dependendo da situação, o "jogo" pode "virar"
contra ou a nosso favor a qualquer tempo?

Mário Quintana


Há noites que eu não posso dormir,
de remorso por tudo o que eu deixei de cometer.


Mas é claro que o sol vai voltar amanhã mais uma vez, eu sei.


Vou buscar você na minha mente,
vou pedir sua voz pra me guiar.
Imaginar a sua presença..
 ( seu cuca )

O mundo gira , e acho que agora eu estou de cabeça para baixo.
Tudo está indo pelo lado errado,
são muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo,
mais vou continuar caminhando porque eu nao posso regredir,
eu tenho que seguir mesmo que devagar e assim talvez eu
posso aproveitar essa longa caminhada mesmo com a cabeça quente.




Lembranças já não quero mais.
Já não me fazem bem.
Já não quero mais ver fotografias passadas.
Mas ainda me lembro das coisas que eu vivi .
Mais isso também  nao importa mais.


Às vezes a gente precisa se pendurar na pontinha do pé para chegar mais alto.
Chegar naturalmente, sem a ajuda do salto.
Uns centímetros a mais é capaz de nos livrar da derrota,
de mudar um destino.
Não importa se o pé dói, a gente acostuma.
Não importa se o desequilíbrio ameaça, mais cedo
ou mais tarde a gente encontra o ponto.
É levantando o pé que se pega a fruta, que se enxerga na multidão.
É na pontinha do pé os passos mais lindos do ballet,
é com esse esforço que se alcança um abraço maior que a gente.
Na euforia, é levantando o pé para o ar que a gente se exalta.
Quem cala tem os pés plantados no chão.
O peso não deixa a gente se arriscar e quem
não arrisca não sabe o que é chegar ao alto.
Acaba trocando os pés pelas mãos.
Usa o tato para caminhar entre o desconhecido.
Foi impulsionando os pés que muita gente caminhou por
onde não imaginava, alcançou o que procurava.
Que Deus me permita ter pés que eu mesma possa guiar e
não que eles sejam simplesmente levados.
Não quero manter meu calcanhar grudado à textura confortável do sapato,
maldita acomodação. Aquele que busca o óbvio se garante, mas não vive.
Quero ter a força necessária para caminhar na ponta dos pés,
lá em cima, onde aos mãos não alcançam, onde os olhos não enxergam,
onde só o momento da chegada revela o que existe.
Não quero temer a insegurança.
Ela faz parte da vida, ao contrário do pé no chão,
que denota o significado de uma mera existência.




Eu acredito que haja uma força nesse
 mundo debaixo dessa superficie.
É algo primitivo e selvagem que da força
quando você precisa de um empurrão.
Como flores silvestres que florescem após o fogo queimar a floresta.
A maioria das pessoas tem medo desta força e a
mantem enterrada dentro de si mesma.
Mais sempre terá pessoas que teram coragem
de amar o indomado que há dentro de nós.
Houve uma época em que os americanos vinham ao oeste em busca de seu destino.
Mais acho que eles ainda estao em busca da mesma coisa.
Um lugar onde eles possam ser otimistas sobre o futuro.
Um lugar que os ajude a se tornarem realmente o que eles querem ser.
Onde eles possam sentir que esta vida tem sentido. E esse lugar é aqui?